quarta-feira, 21 de julho de 2010

Desigualdade no ensino

Os resultados do desempenho por escola no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2009, divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao Ministério da Educação, mostram a desigualdade entre as instituições públicas e privadas do país. Das 20 melhores escolas de ensino médio do Brasil, 12 estão na região Sudeste e apenas duas são públicas, entre elas o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (UFV), que obteve média total de 734,66 pontos e ficou com a sétima colocação no ranking nacional. A outra escola mineira a ocupar o oitavo lugar entre as 20 melhores do país é o Colégio Bernoulli, com uma das mensalidades mais caras de Belo Horizonte.

As escolas particulares conquistaram os melhores resultados e são maioria no ranking, com 18 das 20 posições. Embora o Enem ainda seja questionado como uma avaliação fidedigna do Ensino Médio, o fato é que as provas, apesar de exaustivas, requerem do aluno conhecimento científico e a sua aplicação à realidade. Uma coisa o exame consegue: separar o aluno capaz de interpretar daquele incapaz de fazê-lo.

Mas, independentemente das críticas ou elogios ao Enem, o fato é que a discrepância entre as notas das escolas particulares e públicas é recorrente, e se explica, em parte, pelo baixo investimento feito na rede pública de ensino. Cálculos do próprio MEC indicam que o investimento por ano da rede pública convencional num estudante de ensino médio equivale ou é até inferior ao valor de uma mensalidade em escolas particulares de elite.

No ano passado, a prova foi feita por 2,4 milhões de pessoas. Neste ano, o número de inscritos deve dobrar, pois muitas universidades aderiram ao Enem como primeira etapa de seu vestibular, como a UFMG.

O diagnóstico divulgado ontem pede mais agilidade aos governos de todas as esferas na tentativa de imprimir maior qualidade ao ensino público e corrigir a distorção social que permite o acesso a uma boa escola apenas às classes mais favorecidas da sociedade brasileira.


Fonte: Hoje em Dia Disponível em << http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/colunas-artigos-e-blogs/blog-de-opini-o-1.10994/desigualdade-no-ensino-1.147323 >>

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Eu sou o Capitalismo

(Ítalo Chesley)


Boa noite senhoras e senhores,

Meu nome é capitalismo, tenho centenas de anos, milhões de vítimas e sou imortal. Alguns me confundem com o diabo, outros tem certeza que eu o sou. Mas eu sei que não sou, apesar de ser facilmente confundido com ele.
Depois que eu surgi, a humanidade tem progredido e, ao mesmo tempo, regredido muito.
Ela se dividiu em duas porções exponencialmente diferentes: Pobres e ricos.

Desde sempre existiram essas duas classes de pessoas, mas com a minha existência, foi oficializada a nova nomenclatura,as palavras que marcam e marcarão a humanidade até o dia do fim.
Pobres e ricos. A fatia dos pobres, não se compara com a dos ricos;Claro que não se compara!
Quem é pobre sabe muito bem disso e os ricos provavelmente, em sua maioria não se importam. A não ser que tenham que fazer alguma campanha publicitária de solidariedade, pouco convincente, para se manter na posição

Mas, enfim. Eu sou um dos poucos que assume os próprios atos.
Sou responsável pelas guerras, pela pobreza, pela injustiça, pelo atraso, pela fome, pela prostituição, pela ambição e muitas outras coisas que me fogem à memória agora.Mas, as que eu disse, são suficientes para me condenarem sem clemência, eu sei, mas não me condenam, sabe por que?

A minha condenação traria uma revolução incrível e jamais vista por qualquer ser humano da face da terra. Os (poucos) detentores do poder o perderiam, portanto, não permitem, aos (muitos) pobres que sofrem com a minha existência, que acabem com isso.

Eu sobrevivo, os ricos sobrevivem, os pobres “vivem”…até que a humanidade acabe…até que tudo se acabe…ou até que alguém descruze os braços.

Disponível em << http://italochesley.com/literatura/?p=88 >>

Esquema da antítese

Esquema da antítese

Como incluir a contra-argumentação numa dissertação argumentativa?

A dissertação argumentativa começa com a proposição clara e sucinta da ideia que irá ser comprovada, a TESE.

A essa primeira parte do texto dissertativo chamamos de introdução.

A segunda parte, chamada desenvolvimento, visa à apresentação dos argumentos que comprovem a tese, ou seja, a PROVA. É costume estruturar a argumentação em ordem crescente de importância, como foi explicado no início desta lição, a fim de prender cada vez mais a atenção do leitor às razões apresentadas. Essas razões baseiam-se em provas demonstráveis através dos fatos-exemplo, dados estatísticos e testemunhos.

Na dissertação argumentativa mais formal, o desenvolvimento apresenta uma subdivisão, a ANTÍTESE, na qual se refutam possíveis contra-argumentos que possam contrariar a tese ou as provas. Nessa parte, a ordem de importância inverte-se, colocando-se, em primeiro lugar, a refutação do contra-argumento mais forte e, por último, do mais fraco, com o propósito de se depreciarem as ideias contrárias e ir-se, aos pontos, refutando a tese adversa,ao mesmo tempo em que se afasta o leitor ou ouvinte dos contra-argumentos mais poderosos.

Na última parte, a conclusão, enumeraram-se os argumentos e conclui-se, reproduzindo as tese, isto é, faz-se uma SÍNTESE. Além de fazer uma síntese das idéias discutidas, pode-se propor, na conclusão, uma solução para o problema discutido.

Esquema de uma dissertação com antítese

Tema: Vestibular, um mal necessário.

Tese: O vestibular privilegia os candidatos pertencentes às classes mais favorecidas economicamente.

Prova: Os candidatos que estudaram em escolas com infraestrutura deficiente, como as escolas públicas do Brasil, por mais que se esforcem, não têm condições de concorrer com aqueles que frequentaram bons colégios.

Antítese: Mesmo que o acesso à universidade fosse facilitado para candidatos de condição econômica inferior, o problema não seria resolvido, pois a falta de um aprendizado sólido, no ensino fundamental e médio, comprometeria o ritmo do curso superior.

Conclusão (síntese): As diferenças entre as escolas públicas e privadas são as verdadeiras responsáveis pela seleção dos candidatos mais ricos.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:
(in Novo Manual da Nova Cultural - Redação, Gramática, Literatura e Interpretação de Textos, de Emília Amaral e outros)

Conceitos e noções gerais sobre a dissertação: disponível em << www.http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=redacao/teoria/docs/esquemasdissertacao >>

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Noções básicas para produção de textos

Como fazer uma dissertação argumentativa?

Como fazer nossas dissertações? Como expor com clareza nosso ponto de vista? Como argumentar coerentemente e validamente? Como organizar a estrutura lógica de nosso texto, com introdução, desenvolvimento e conclusão?

Vamos supor que o tema proposta seja Nenhum homem é uma ilha.

Primeiro, precisamos entender o tema.

Ilha, naturalmente, está em sentido figurado, significando solidão, isolamento.

Vamos sugerir alguns passos para a elaboração do rascunho de sua redação.

1. Transforme o tema em uma pergunta:
Nenhum homem é uma ilha?

2. Procure responder essa pergunta, de um modo simples e claro, concordando ou discordando (ou, ainda, concordando em parte e discordando em parte): essa resposta é o seu ponto de vista.

3. Pergunte a você mesmo, o porquê de sua resposta, uma causa, um motivo, uma razão para justificar sua posição: aí estará o seu argumento principal.

4. Agora, procure descobrir outros motivos que ajudem a defender o seu ponto de vista, a fundamentar sua posição. Estes serão argumentos auxiliares.

5.Em seguida, procure algum fato que sirva de exemplo para reforçar a sua posição. Este fato-exemplo pode vir de sua memória visual, das coisas que você ouviu, do que você leu. Pode ser um fato da vida política, econômica, social. Pode ser um fato histórico. Ele precisa ser bastante expressivo e coerente com o seu ponto de vista. O fato-exemplo, geralmente, dá força e clareza à nossa argumentação. Esclarece a nossa opinião, fortalece os nossos argumentos. Além disso, pessoaliza o nosso texto, diferencia o nosso texto: como ele nasce da experiência de vida, ele dá uma marca pessoal à dissertação.

6. A partir desses elementos, procure juntá-los num texto, que é o rascunho de sua redação. Por enquanto, você pode agrupá-los na sequência que foi sugerida:

Os passos

1) interrogar o tema;

2) responder, com a opinião

3) apresentar argumento básico

4) apresentar argumentos auxiliares

5) apresentar fato- exemplo

6) concluir

Como ficaria o esquema

1º parágrafo: a tese

2º parágrafo: argumento 1

3º parágrafo: argumento 2

4º parágrafo: fato-exemplo

5º parágrafo: conclusão

Exemplo de redação com esse esquema:


Tema: Como encarar a questão do erro

Título: Buscar o sucesso

Tese
1º§ O homem nunca pôde conhecer acertos sem lidar com seus erros.

Argumentação

2º§ O erro pressupõe a falta de conheci-mento ou experiência, a deficiência de sintonia entre o que se propõe a fazer e os meios para a realização do ato. Deriva-se de inúmeras causas, que incluem tanto a falta de informação, como a inabilidade em lidar com elas.

3º§ Já acertar, obter sucesso, constitui-se na exata coordenação entre informação e execução de qualquer atividade. É o alinhamento preciso entre o que fazer e como fazer, sendo esses dois pontos indispensáveis e inseparáveis.

Fato-exemplo

4º§ Como atingir o acento? A experiência é fundamental e, na maior das vezes, é alicerçada em erros anteriores, que ensinarão os caminhos para que cada experiência ruim não mais ocorra. Assim, um jovem que presta seu primeiro vestibular e fracassa pode, a partir do erro, descobrir seus pontos falhos e, aos poucos, aliar seus conhecimentos à capacidade de enfrentar uma situação de nova prova e pressão. Esse mesmo jovem, no mercado de trabalho, poderá estar envolvido em situações semelhantes: seus momentos de fracasso estimularão sua criatividade e maior empenho, o que fatalmente levará a posteriores acertos fundamentais em seu trabalho.

Conclusão


5º§ Assim, o aparecimento dos erros nos atos humanos é inevitável. Porém, é preciso, aci-ma de tudo, saber lidar com eles, conscientizar-se de cada ato falho e tomá-los como desafio, nunca se conformando, sempre buscando a superação e o sucesso. Antes do alcance da luz, será sempre preciso percorrer o túnel.

(Redação de aluno.)

Próximo tópico:

Como produzir textos com esquema da antítese


Como incluir a contra-argumentação numa dissertação argumentativa



BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

(in Novo Manual da Nova Cultural - Redação, Gramática, Literatura e Interpretação de Textos, de Emília Amaral e outros)

Conceitos e noções gerais sobre a dissertação:
disponível em << www.http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=redacao/teoria/docs/esquemasdissertacao >>

Sola Scriptura.

sábado, 10 de julho de 2010

INSCRIÇÃO DO ENEM 2010 PRORROGADA ATÉ O DIA 16/07

O Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) prorrogaram as inscrições do Enem, que se encerrariam nesta sexta-feira, dia 9, para o próximo dia 16, sexta-feira, às 23h59. A decisão foi tomada pelo presidente do Inep, Joaquim Neto, que atendeu à solicitação dos governadores de Pernambuco, Eduardo Campos, e de Alagoas, Teotônio Villela. Os dois governadores do Nordeste, preocupados com o impacto das chuvas e das enchentes, fizeram o pedido ao secretário executivo do MEC, Henrique Paim, que percorre a região devastada, à frente de um grupo que estuda a reconstrução das escolas destruídas. Quem ainda não fez sua inscrição tem agora mais sete dias para fazê-la, apenas pela internet, no portal www.enem.inep.gov.br. O valor da inscrição é de R$ 35, mas estão isentos os estudantes da última série do ensino médio em escolas públicas e os que que comprovem a impossibilidade de pagamento preenchendo declaração de carência. É fundamental estar munido de CPF e RG próprios, como documentos de identificação. As provas serão realizadas nos dias 6 e 7 de novembro.

Os inscritos não-isentos da taxa têm até o dia 20 de julho para efetuar o pagamento da taxa.

E mais, o CPF continua obrigatório para a inscrição.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Inep/MEC