terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Carta aberta aos olhos dos sensíveis de coração

(Texto transcrito do "diploma simbólico" dos formandos 2010)

Abram as portas e entrem na sala! Se houver mais portas, abram-nas, pois o desconhecido agora é conhecido – está dentro de cada um de vocês!

Chegou a hora de vocês poetizarem tudo aquilo que ainda não foi poetizado, de sonhar com tudo aquilo que ainda não foi sonhado – vocês jamais irão além de seus sonhos!
Vocês são estrelas capazes de iluminar cada ponto obscuro da vida...

Sejam isso – estrelas na terra, preocupadas apenas em fornecer brilho, mesmo que esse brilho seja apenas para iluminar o céu dos apaixonados...

“Procurem serem pacificadores”, pois destes, como diria o Grande e Eterno Mestre, é o Reino dos céus...

“Busquem a sabedoria como quem busca um tesouro escondido, porque destes, ela jamais se escondeu, pelo contrário, clama em alta voz nas ruas, ergue a voz nas praças públicas e nas esquinas das ruas barulhentas” – louca para ser encontrada por alguém que não desiste nunca de procurá-la...

Entendam as diferenças e não julguem precipitadamente, pois fazendo isso, vocês acabarão encontrando, não a explicação duvidosa da vida, mas a poesia inexplicável da vida – que é amar ao próximo como a ti mesmo!
(Evangelho de Mateus cap. XIX verso XIX)

Com afeto;

Jonas Pinheiro Barbosa
www.jonaspbarbosa.blogspot.com

Discurso Oficial de Formatura 2010

autora/oradora: Daniela de Laet Souza

colaboradores: Jonas Pinheiro Barbosa & Lusiane da Fonseca Dias


Boa noite! Ao ilustríssimo senhor diretor Carlos Antônio Finelli, aos professores, aos formandos, bem como aos familiares e convidados presentes.

Estamos reunidos no dia de hoje para celebrar-mos a conclusão de mais uma etapa de nossa vida escolar. Foram longos anos de estudo, de convivência e de aprendizado, mas aqui estamos para sermos recompensados pelo esforço, para transformar-mos em símbolo o término bem sucedido de mais um passo na estrada do conhecimento.


Por Deus foi nos dado a capacidade de aprender, de descobrir “o espetáculo de um mundo totalmente novo aos nossos olhos, assim como fora a Miguilim ao colocar os óculos do doutor José Lourenço”. Aprendemos com o apoio de nossas famílias e, sobretudo, pela vigilante supervisão de nossos professores, que dedicaram tempo e paciência a incansável tarefa de ensinar; por isso a esses três importantes personagens dirigimos os nossos sinceros agradecimentos.


Este momento que vivemos todos em comum, possui em sua essência significados diferentes para cada uma das turmas que estão a se formar: para os alunos do nono ano significa a promoção para mais um nível de estudo, o Ensino Médio para o qual se prepararam durante estes nove anos. Para a Eja é certamente o resgate, com sucesso de um aprendizado que por vários motivos não puderam ter acesso; estes já conhecem o mundo além das fronteiras da escola e por isso retornaram a ela para buscar o conhecimento que fêz-se tão necessário em suas vidas; e por fim, ao 3° ano regular significa o fechamento de um ciclo, o início da disputa por empregos e vagas nas universidades, a aproximação de uma vida adulta repleta de desafios e responsabilidades, em que apesar de não sermos Don Quixote lutaremos contra nossos próprios moinhos, pois é “de batalhas que se vive a vida”.


Durante os anos que frequentamos a escola não aprendemos somente matemática ou português, o contato com pessoas diferentes moldou-nos o caráter, construíu-nos virtudes. Apesar das diferenças reunimos nossas vidas através da convivência e as histórias antes individuais tornaram-se coletivas, compostas por numerosos personagens. Aprendemos, como diria Shakespeare “que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, embora sejamos responsáveis por nos mesmos”.

Embora acreditássemos “que tudo era para sempre” acabaremos nos separando. A partir de agora todos os que deixam o Ensino Médio trabalharão por seus sonhos e objetivos, “pois as palavras não são apenas pedras postas a atravessar a corrente de um rio, se estão ali é para que possamos chegar a outra margem”, que podem ser várias margens dependendo apenas das aspirações de cada um, na nova etapa da vida que se anuncia.

Hoje estamos alegres e aos mesmo tempo tristes, assim como “ Colombo aos partir do porto de Palos, deixando a sua terra, mas nos encontramos, a certa medida, prontos para construir um mundo novo”. Sejamos cidadãos conscientes, pessoas e profissionais construtores de uma cidadania universal e comprometidos com a causa ambiental, pois preservar o meio ambiente é também um ato de cidadania, assim como o é lutar por direitos, cumprir deveres e contribuir para a formação de uma sociedade mais justa e humana. Faça a sua parte, mesmo que esteja insignificante diante da multidão, “dê um destino diferente às estrelas-do-mar que as mares levam as praias, devolvendo-as ao mar”.

Ficarão saudades, todavia estas transformarão-se em bonitas lembranças, daquelas que se recordam com carinho. Todas as pessoas que nos acompanharam até aqui, ficarão guardadas em um cantinho do coração de cada um de nós, registrados no livro da vida, na história que escrevemos até aqui.

Aprendemos muito, mas ainda temos muito a descobrir, como disse um poeta: "a construção do saber é a busca, a fascinação pela soma infinita do novo, do desconhecido, do ignorado, enquanto ficção ou irreal no universo dos desafios. Seremos eternos aprendizes da vida, " uma orquestra que nunca para de tocar" na qual, como diria um grande sábio

" O conhecimento é como a luz da aurora, que vai brilhando... brilhando...brilhando... até ser dia perfeito!

O contrário também é verdade:

“A ignorância é como o esvair da luz do crepúsculo que vai sumindo... sumindo... sumindo até ser noite completa”.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A Fábrica de Parafusos

Cansei de falar sobre educação... sobre o sistema educacional do Brasil... Cansei de alertar sobre o colapso da educação e da falência da instituição ESCOLA. Hoje vou falar sobre corporativismo. Pronto!!!!

A Fábrica de parafusos

07h Toca a sirene...
Uma multidão, que aguardava do lado de fora para entrar, invade o pátio da fábrica comentando os últimos resultados dos jogos, outros, o último capítulo da novela e ainda outros comenta a roupa do colega, a vida alheia, etc, etc, etc. Sempre foi assim na fábrica de parafusos... Enquanto isso, os encarregados de setores aguardam seus funcionários tecendo comentários sobre os mesmos: será que hoje eles estarão mais animados para trabalhar? Será que conseguiremos bater a meta do dia? Alguns acham que sim, mas a maioria, já acostumada com a rotina da fábrica, acha que não... Pois sempre foi assim na fábrica de parafusos, alegavam.
Encarregados desanimados, refletiam nos funcionários desanimados, que produziam parafusos de forma desordenada, desanimados... E diziam tanto um como os outros, as coisas por aqui sempre foi assim... Mas ninguém ousava perguntar por que tinha que ser assim? Se produzir parafusos era algo tão significante para um mundo moderno, por certo a atividade não seria de todo ruim...
09:30 Toca a sirene para o intervalo: os trabalhadores deixam seus postos correndo como se o mais importante estivesse lá fora – a comida, e não o que estava dentro de suas seções – o trabalho. Saem também os encarregados para a sala de reunião e o comentário sempre é o mesmo – o desânimo dos trabalhadores em aprenderem novas formas, novos jeitos de se fazer parafusos. Durante os 15 minutos que se passam, os comentários dos trabalhadores e encarregados não são tão diferentes: os primeiros criticam o segundo grupo que, segundo eles, não fazem nada para mudar a realidade e se faltam, não precisam repor o dia de trabalho, pois a lei os amparam neste aspecto; o segundo grupo critica o primeiro alegando que, segundo eles, não fazem nada para mudar a realidade e se faltam, não precisam repor o dia de trabalho, pois a lei os ampara neste aspecto. Cria-se então a guerra fria entre encarregados e trabalhadores...
09:45 Toca a sirene: encarregados saem da sala de reunião já esperando o sinal para o almoço e os trabalhadores entram para suas seções esperando também pelo sinal do almoço. E quando este tocar, sairão, encarregados e trabalhadores para almoçarem e o conteúdo da conversa não será tão diferente do intervalo para o café. Na fábrica de parafusos uma coisa é certa: as coisas sempre foram assim...
Durante anos a fábrica funcionou assim... Encarregados desanimados e trabalhadores desanimados... porque as coisas na fábrica sempre foram assim. Até que um dia os parafusos começaram a quebrar-se facilmente, separando-se cabeça do corpo, e como parafusos precisam de cabeças para que o corpo exerçam suas funções parafusas e de fixação, começaram a observar, tanto encarregados e trabalhadores, que o produto final de seus trabalhos poderiam gerar uma demissão em massa, já que o dono da fábrica pagava mensalmente, encarregados e trabalhadores para uma única função: fazer parafusos. E para fazer parafusos, as cabeças dos parafusos não poderiam separar-se dos corpos dos parafusos... O caos estava instalado na fábrica de parafusos... E não adiantava os trabalhadores culparem os encarregados, pois estes não fabricavam os parafusos, apenas supervisionava o trabalho deles, mas, por supervisionar o trabalho desses, subentendia-se também que estes não podiam culpar aqueles, pois se estes não trabalhavam diretamente na mesa produzindo parafusos, era de sua responsabilidade a supervisão e a qualidade na produção de parafusos... logo, a culpa não tinha mãe pela primeira vez... Então reuniram encarregados e trabalhadores e resolveram jogar a culpa no dono da fábrica, afinal, se os parafusos se partem é por que ele não tem oferecido material de primeira qualidade. Afinal, se os parafusos se partem é por que ele não tem remunerado bem os encarregados que viam parafusos sendo feitos de qualquer maneira e julgavam que, pelo histórico de vida desses trabalhadores, não poderiam esperar muita coisa. É porque o dono da fábrica, só dava assistência social aos trabalhadores, preocupando em não deixar faltar a bolsa família, a bolsa alimentação, o vale gás, o vale-transporte, mas não se preocupou em dar assistência cultural, dar acesso ao conhecimento, ao entretenimento, ao seja lá o que for...
Então a decisão estava tomada – o melhor a fazer é mudar o dono da fábrica de parafusos, pois é ele o culpado pelos desânimos de encarregados e trabalhadores. Mas como fazer isso se as coisas na fábrica de parafusos sempre foram assim? Então resolveram deixar as coisas como estão, contando que, encarregados não punissem os trabalhadores que não sabiam mais fazer parafusos de qualidade, pois as cabeças dos mesmos sempre se rompiam do corpo e com isso, não exerciam suas funções parafusas e trabalhadores não denunciassem ao dono da fábrica a ação dos encarregados que não sabiam mais supervisionar o trabalho de produção de parafusos, pois esses, com ou sem supervisão rompiam-se a cabeça do corpo.

***

Então produziremos o quê? Perguntou um desavisado... Parafusos, respondeu um encarregado quase aposentado de suas funções... Como parafusos se eles se rompem facilmente? Mas na caixa de parafusos, quando embalados, todos são iguais, não tem diferença a caixa com parafusos com cabeça da caixa de parafusos sem cabeça, respondeu outro encarregado; e o dono da fábrica estará remunerando você (com as bolsas) e a mim (com o salário) do mesmo jeito. Mas o tempo de produção não é o mesmo? Insistiu o trabalhador novato que acabara de chegar para o quadro de funcionários da fábrica de parafusos... Porque não produzimos parafusos com cabeça e de qualidade? Porque as coisas, respondeu asperamente o encarregado da seção, sempre foram assim aqui na fábrica de parafusos... Então vocês perdem tempo produzindo parafusos sem cabeça, perguntou o desajuizado do trabalhador novato... Nós ganhamos o dia e isso é o que importa para encarregados e trabalhadores da fábrica de parafusos, respondeu seu encarregado imediato e recomendou: e pare de fazer perguntas e comece já a produzir parafusos, com ou sem cabeça, não importa, desde que produza e não fique aí parado questionando nossas ações... O trabalhador novato percebeu que as coisas poderiam mudar naquele lugar, afinal ninguém ousou perguntar ainda por que as coisas deveriam ser assim. E nos intervalos de café ou no horário do almoço ele começou a procurar informações sobre o trabalho na fábrica de parafusos... Sobre os procedimentos de produção de parafusos e descobriu que na fábrica de parafusos existia um Núcleo de apoio ao trabalhador e encarregado, mas que nunca podia atender trabalhadores e encarregados porque o dono da fábrica o havia designado para funções que não eram de dar apoio a encarregados e trabalhadores, ficava então o Núcleo a funcionar como uma espécie de disciplinador de trabalhadores que não queriam exercer mais a função de fabricar parafusos em seus horários de trabalho. O Núcleo então começava a investigar as causas e sempre que descobria uma causa investigada, não sobrava tempo para averiguá-la, pois trabalhadores e mais trabalhadores eram enviados para o Núcleo como punição ou até mesmo como fuga da não-supervisão dos encarregados, pois ficava mais fácil enviar para o Núcleo trabalhadores problemáticos do que mantê-los na seção incomodando os demais que ainda queriam produzir parafusos sem cabeças... Não deu outra... O Núcleo adoeceu de tanto problemas enfrentados e que nunca conseguiu chegar a uma conclusão dos mesmos... Não foi para isso que colocaram um Núcleo de apoio aos trabalhadores e encarregados numa fábrica de parafusos... O Núcleo então resolveu trabalhar apenas orientando os encarregados de trabalhadores tentando minimizar o envio desses para a seção de apoio, e é claro que o desafio seria herculino, pois muitos encarregados não aceitariam a interferência do Núcleo em seu ato de supervisionar, outros aceitariam e até fingiriam que estava atendendo às suas solicitações para não ter problemas com o dono da fábrica de parafusos, e outros talvez topassem mesmo o desafio junto com o Núcleo. É para isso que existem os Núcleos de apoio ao trabalhador e encarregado nas fábricas de parafusos... O Núcleo então começou a funcionar com um choque de gestão: primeiro, repensou a prática de supervisão e a necessidade de produção de parafusos com qualidade, ou seja, com suas respectivas cabeças no lugar para suas funções parafusas... Segundo, convocou os encarregados por escala diária para averiguar se as orientações no manual da fábrica de parafusos estavam sendo passadas de forma coerente e eficaz; terceiro, detectou a necessidade de um treinamento para todos os encarregados, e decidiu que o treinamento seria voluntário, pois aí o Núcleo saberia quais dos encarregados estariam dispostos ao desafio e quais não estariam. O reboliço entre os encarregados foi tão grande a ponto dos trabalhadores em suas respectivas seções notarem que alguma coisa diferente estava acontecendo na fábrica de parafusos... E o trabalhador novato sorria pensando em suas preces feitas em nome do Núcleo, dos encarregados e dos trabalhadores da fábrica de parafusos com a qual sonhava todos os dias... Alguns achavam que o Núcleo estava querendo ensinar ao padre fazer missa, outros achavam que o Núcleo estava mesmo é boicotando o dono da fábrica ao exigir que encarregados de seções supervisionassem suas seções e mantivessem a ordem como descrita nos manuais que regia as atividades dos encarregados e outros achavam que o Núcleo estava fazendo nada mais nada menos o que precisava fazer: dar apoio aos encarregados e trabalhadores. E alguns encarregados começavam a aplicar em suas seções as orientações que recebia do Núcleo de apoio, outros mantinham a tradição de produzir parafusos sem cabeças, e outros ficavam em cima do muro, não sabiam se aderiam à onda da mudança ou se permaneciam com o grupo que mantinha a tradição de produzir parafusos sem cabeças, ao final, quando forem formados, ou melhor, encaixados, serão todos iguais na aparência, apesar da distinção na função.
Foi aí que perceberam que as seções daqueles que estavam sendo orientadas pelo Núcleo tinham um rendimento maior e de qualidade, pois os parafusos já não saíam sem cabeças, e os trabalhadores, não ficavam mais reclamando dos encarregados, pois esses agora tinham objetivos em suas supervisões. As seções, antes desarrumadas provocando um ambiente propício às discussões e conversas alheias, eram agora organizadas de forma que a intervenção dos encarregados eram sempre assertivas e pontuais. Os encarregados já podiam ter um levantamento dos motivos que causavam conflitos dentro e fora da seção de trabalho e junto com o Núcleo, debatiam quais os critérios deveriam considerar para resolver os conflitos mais comuns. Desta forma, os encarregados mantinham os trabalhadores envolvidos e participativos na seção, mostrando que para produzir parafusos com qualidade, não precisava de um caos diário... Com a nova estratégia, os encarregados conseguiram maior participação dos trabalhadores, pois as tarefas do dia não eram passadas de forma arbitrária; em caso de alguma atividade complexa na confecção de parafusos com cabeças, os trabalhadores eram orientados a compararem e discutirem o trabalho entre eles e depois de uma conclusão, pedir orientação do encarregado. Com isso, uma prática muito comum foi se estabelecendo nas novas seções de trabalho que era o ato de registrar e compartilhar informações sobre o trabalho em confeccionar parafusos com cabeças de qualidade. Até mesmo aquele trabalhador que era adepto da procrastinação, depois que percebeu que seu encarregado não deixava as coisas como antigamente e sempre que dizia, “volto em 30 segundos para ver a solução do problema número 1” e sempre que voltava e verificava a produção executada recebia uma mensagem de incentivo “Muito bem João, agora executa as três próximas tarefas e voltarei em um minuto e meio”. Ao perceber que o encarregado estava pegando em seu pé, o trabalhador procrastinador realizava suas tarefas, não desperdiçando mais o tempo de produção com ociosidades e outras distrações. E sem perceber, o Núcleo notou que todos os encarregados tinham resolvido encarar o desafio, pois os que haviam aceitado de antemão o desafio, passaram a compartilhar resultados expressivos e notava-se nos rostos destes encarregados que o amor pela supervisão tinha voltado e que agora eles faziam suas atividades, não apenas como forma de vender um dia para o dono da fábrica de parafusos, mas exerciam com a mesma paixão quando entraram para a fábrica de parafusos...

***

No dia 3 de outubro o dono da fábrica de parafusos foi demitido e a fábrica continuou a fabricar parafusos com cabeça de qualidade, independente de qual dono assumiria a fábrica, independente de qual política adotaria... O que importava agora era que a supervisão fazia sentido para os encarregados e a produção de parafusos com cabeças de qualidade, fazia sentido para os trabalhadores... Pois na fábrica de parafusos as coisas nem sempre foram assim...
22:20 Toca a sirene e o último turno sai pelo mesmo portão que o primeiro turno havia entrado às 07h da manhã. A fábrica estava diferente. Os trabalhadores estavam diferentes. Os encarregados estavam diferentes. O Núcleo saiu e sorriu pela primeira vez fechando atrás de si o portão da fábrica de parafusos. Agora as coisas faziam sentido. O telefone tocou e um pedido foi feito. Havia outras fábricas com parafusos soltando as cabeças facilmente e precisava do apoio de um Núcleo. O Núcleo acendeu um cigarro, pensou no novo desafio e decidiu...

Sola Scriptura