"Efeitos
da implantação da Lei Seca" foi o tema que surpreendeu muitos alunos nesta
tarde. A maioria apostava em "manifestações" (aff...rsrsrs) e o Enem
apostou em um tema mais factual.
A tipologia, como sempre, foi a mesma: dissertação argumentativa.
Sobre a coletânea de textos da Redação também não tivemos surpresas.
Ofereceram-se quatro textos motivadores ao candidato em que o primeiro trazia
informações sobre o objetivo da Lei Seca, a saber, alertar a sociedade para os
perigos do álcool associado à direção. (conceitual)
O segundo texto expunha uma determinada campanha do governo federal advertindo
sobre a gravidade de dirigir alcoolizado. (propaganda)
O terceiro texto, um infográfico, mostrava a efeitos da Lei Seca "em
números" e o quarto texto relatava uma experiência feita por uma agência
de publicidade mineira.
Bastava na introdução o candidato, ainda que de forma tímida, definisse o que é
e o que propõe a Lei Seca, reconhecendo os efeitos de sua implantação.
Para o desenvolvimento seria interessante que o candidato questionasse até
que ponto a Lei Seca reduziu consideravelmente os índices de acidente, ao que
parece ela não conseguiu os êxitos que se esperava, além dos recursos
existentes de avisar sobre blitz nas redes sociais. (contra-argumento)
Outro argumento que poderia entrar no desenvolvimento seria o número de
brasileiros que morrem todos os anos nas estradas e ruas do país, além do fato
de a maioria das vítimas ser jovem (de 15 a 24 anos) e a maioria dos acidentes
ser causado por excesso de velocidade de motoristas embriagados. (argumento
favorável à tese do Enem).
Outro
debate possível que poderia ter sido inserido na redação deste ano e tão
comentada em nossas aulas - a famigerada impunidade.
Platão afirma que uma das brechas da lei é o fato de que, por ser tão radical,
ela pode provocar arbitrariedades por parte dos que a aplicam.
A
palavra-chave da redação é a impunidade, pois de acordo com o poder aquisitivo
e a capacidade de contratar bons advogados as pessoas não respeitam a
legislação, por se sentirem confiantes de que não serão punidas.
Na
conclusão, apostaria mais na questão educacional do que punitiva, ressaltando
um maior número de campanhas institucionais feita pelo governo, advertindo
sobre a gravidade da direção sob o efeito etílico.
Espero
que TODOS tirem 1000!!!
Sola
Scriptura