terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Discurso Oficial de Formatura 2010

autora/oradora: Daniela de Laet Souza

colaboradores: Jonas Pinheiro Barbosa & Lusiane da Fonseca Dias


Boa noite! Ao ilustríssimo senhor diretor Carlos Antônio Finelli, aos professores, aos formandos, bem como aos familiares e convidados presentes.

Estamos reunidos no dia de hoje para celebrar-mos a conclusão de mais uma etapa de nossa vida escolar. Foram longos anos de estudo, de convivência e de aprendizado, mas aqui estamos para sermos recompensados pelo esforço, para transformar-mos em símbolo o término bem sucedido de mais um passo na estrada do conhecimento.


Por Deus foi nos dado a capacidade de aprender, de descobrir “o espetáculo de um mundo totalmente novo aos nossos olhos, assim como fora a Miguilim ao colocar os óculos do doutor José Lourenço”. Aprendemos com o apoio de nossas famílias e, sobretudo, pela vigilante supervisão de nossos professores, que dedicaram tempo e paciência a incansável tarefa de ensinar; por isso a esses três importantes personagens dirigimos os nossos sinceros agradecimentos.


Este momento que vivemos todos em comum, possui em sua essência significados diferentes para cada uma das turmas que estão a se formar: para os alunos do nono ano significa a promoção para mais um nível de estudo, o Ensino Médio para o qual se prepararam durante estes nove anos. Para a Eja é certamente o resgate, com sucesso de um aprendizado que por vários motivos não puderam ter acesso; estes já conhecem o mundo além das fronteiras da escola e por isso retornaram a ela para buscar o conhecimento que fêz-se tão necessário em suas vidas; e por fim, ao 3° ano regular significa o fechamento de um ciclo, o início da disputa por empregos e vagas nas universidades, a aproximação de uma vida adulta repleta de desafios e responsabilidades, em que apesar de não sermos Don Quixote lutaremos contra nossos próprios moinhos, pois é “de batalhas que se vive a vida”.


Durante os anos que frequentamos a escola não aprendemos somente matemática ou português, o contato com pessoas diferentes moldou-nos o caráter, construíu-nos virtudes. Apesar das diferenças reunimos nossas vidas através da convivência e as histórias antes individuais tornaram-se coletivas, compostas por numerosos personagens. Aprendemos, como diria Shakespeare “que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, embora sejamos responsáveis por nos mesmos”.

Embora acreditássemos “que tudo era para sempre” acabaremos nos separando. A partir de agora todos os que deixam o Ensino Médio trabalharão por seus sonhos e objetivos, “pois as palavras não são apenas pedras postas a atravessar a corrente de um rio, se estão ali é para que possamos chegar a outra margem”, que podem ser várias margens dependendo apenas das aspirações de cada um, na nova etapa da vida que se anuncia.

Hoje estamos alegres e aos mesmo tempo tristes, assim como “ Colombo aos partir do porto de Palos, deixando a sua terra, mas nos encontramos, a certa medida, prontos para construir um mundo novo”. Sejamos cidadãos conscientes, pessoas e profissionais construtores de uma cidadania universal e comprometidos com a causa ambiental, pois preservar o meio ambiente é também um ato de cidadania, assim como o é lutar por direitos, cumprir deveres e contribuir para a formação de uma sociedade mais justa e humana. Faça a sua parte, mesmo que esteja insignificante diante da multidão, “dê um destino diferente às estrelas-do-mar que as mares levam as praias, devolvendo-as ao mar”.

Ficarão saudades, todavia estas transformarão-se em bonitas lembranças, daquelas que se recordam com carinho. Todas as pessoas que nos acompanharam até aqui, ficarão guardadas em um cantinho do coração de cada um de nós, registrados no livro da vida, na história que escrevemos até aqui.

Aprendemos muito, mas ainda temos muito a descobrir, como disse um poeta: "a construção do saber é a busca, a fascinação pela soma infinita do novo, do desconhecido, do ignorado, enquanto ficção ou irreal no universo dos desafios. Seremos eternos aprendizes da vida, " uma orquestra que nunca para de tocar" na qual, como diria um grande sábio

" O conhecimento é como a luz da aurora, que vai brilhando... brilhando...brilhando... até ser dia perfeito!

O contrário também é verdade:

“A ignorância é como o esvair da luz do crepúsculo que vai sumindo... sumindo... sumindo até ser noite completa”.

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