sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A HISTÓRIA DE ÉDIPO NO PALÁCIO DAS ARTES (ENTRADA FRANCA)

Do grupo de teatro Andante: Um clássico da tragédia grega. Aborda a ambição do poder, os limites entre público e privado e a importância de cada pessoa assumir sua própria história. Duração: 50 minutos. ENTRADA FRANCA. Local: Jardins Internos do PALÁCIO DAS ARTES.

Apresentação: Sex 9:30 e 19:30; Seg 09:30 e 15hs; Ter 09:30; Qua 09:30 e 19:30.

A HISTÓRIA DE ÉDIPO

Apesar de ter sido escrita por Sófocles, há 2.500 anos, esta história continua famosa até os dias de hoje.

A história se passa na cidade de Tebas, localizada na Grécia Antiga, onde Édipo foi coroado rei. Ele foi considerado um herói pelo seu povo por ter destruído um monstro que se chamava Esfinge e devorava aqueles que não decifrassem o seu enigma: "decifra-me ou devoro-te!"

A Esfinge perguntou: o que é o que é, que de dia anda sobre quatro patas, à tarde com duas e à noite com três? O homem, respondeu Édipo. É nesse ponto da história que se inicia o espetáculo do grupo de teatro Andante.

Pelo seu feito, Édipo recebeu prêmio o trono de Tebas, pois o seu soberano Laio, havia saído da cidade em busca de socorro e nunca mais havia voltado: ele foi assassinado durante a viagem. Édipo recebeu também, a rainha Jocasta como esposa, como era a tradição, e com ela teve quatros filhos. A cidade passou a viver bem, com alegria e prosperidade.

Passados os anos, a cidade é novamente arrasada pela peste. Os governantes, que acreditavam nos deuses e os consultavam sobre os assuntos importantes, foram ao oráculo saber o que deveriam fazer para salvar a cidade. Eles ordenaram a Édipo que descobrissem o assassino de Laio. Édipo, um bom rei, decide obedecer aos deuses e investigar este antigo assassinato. Porém, através desta investigação, ele descobre, com grande surpresa, o que o destino lhe reservou: Laio era o seu pai e foi ele, sem saber, quem o assassinou. E descobriu anda que Jocasta era sua própria mãe. Jocasta se mata e Édipo, para se punir, resolve furar os olhos, para nunca mais ver a vergonha que fez.

Este é um dos mitos mais famosos da humanidade: a história do homem que, em busca de suas origens, descobriu que matou o pai e casou-se com a mãe, o que é a maior proibição da nossa cultura e da nossa ética.

Mesmo tendo sido escrita no séc. V a.C., a peça apresentada pelo grupo Andante é bastante atual: fala da importância de cada pessoa conhecer seu passado, para poder tomar decisões corretas durante a vida. Fala ainda da determinação do destino e da liberdade de escolha. A psicanálise utiliza o mito de Édipo para falar da formação da personalidade nas crianças: o chamado "complexo de Édipo".

Esta história é uma das mais montadas no teatro em todos os países do mundo e traduzida para todas as línguas. Isso mostra que este mito é mesmo muito importante para nós.

Apesar de se tratar de uma obra clássica, o grupo de teatro Andante (Direção de Marcelo Bones - Elenco: Ângela Mourão, Beto Militani, Gladys Rodrigues e Glauco Mattos.) procura contá-la de maneira bem moderna, unindo o clássico ao contemporâneo, com figurinos contemporâneo, música tocada ao vivo e fogos de artifícios que surpreendem o público na exibição.

Enfim, um bom motivo para mostrar que NÃO PRECISAMOS DE "VALE-CULTURA". O que precisamos é de APOIO E INCENTIVO À CULTURA.

Vale a pena conferir os espetáculos. Quem for, não irá se arrepender!!

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