sexta-feira, 29 de março de 2013

Proposta de Produção de Texto


Proposta

         São muitas as concorrências que o sistema educacional enfrenta hoje, materiais e imateriais, fora e dentro de sala. De um lado, o apelo dos inúmeros gadgets tecnológicos: músicas, filmes, jogos em múltiplas cores e sons. De outro, a companhia de valores supérfluos, hedonistas e imediatistas da sociedade atual. (...) Como a escola pode lidar com esse panorama? Adaptar-se a essa nova realidade, incorporando novas metodologias, mesmo que às custas de profundidade e reflexão? Ou manter a tradição de ensino, correndo o risco de ter alunos apenas à espera do diploma?
(CURI, Martim da Veiga. “O dilema da escola contemporânea: perder ou perder.” In: Correrio Brasiliense, 02/05/03)

         Há ensino de valores quando o professor, ao preparar suas aulas ou atividades curriculares, planeja, organiza, redireciona e avalia os temas transversais que não são, vale advertir, novas matérias, mas assuntos que atravessam as diferentes áreas do currículo escolar: ecologia, consumo, trabalho etc. Não há, portanto, necessariamente, aula, com dia e horário previamente estabelecidos, para o ensino de valores. Ao contrário, o ensino de valores decorre de ocasiões que surgem ao acaso – como uma flagrante de uma cola durante a realização de uma prova em sala de aula ou de uma briga entre alunos na hora do recreio – ou de ocasiões já previstas na proposta pedagógica para o bimestre ou semestre e, dependendo da sensibilização do professor, um tema considerado relevante para a educação moral dos alunos.
(MARTINS, Vicente. Fonte: Artigos.com)

         Descobri, triste, que não sou mais professora... Pois se educar é ser tolerante com conversas, discussões por nada e até xingamentos entre alunos, então não sou professora. Se educar é suplicar por atenção (como se quem dela precisasse fosse eu), então não sou professora. Se educar é ter que aplicar estratégias circenses e fazer da aula uma festa para transmitir conhecimento, então não sou professora. Se educar é ter que ouvir reclamações de pais que protegem filhos mal educados, então não sou professora. Se ainda me mantenho no trabalho, é porque preciso do salário; tristes são os alunos, que acham que não precisam de mim.
(FONSECA, Ana Maria. Seção de cartas da revista Nova Escola)

         As pessoas falam que a educação precisa se adaptar aos novos tempos. E muitas instituições (muitas, mas para poucos) se gabam de usar toda sorte de tecnologias no ensino. A maioria se esquece, todavia, que justamente em momentos como o atual, quando já não temos certeza de mais nada, quando os aparatos tecnológicos são usados sem reflexão, quando a lógica econômica justifica barbaridades, justamente em momentos assim, em que a humanidade perde a fé em si mesma, aquilo de que mais precisamos é a consistência que só a tradição pode nos trazer. (...) Giz, quadro e muito conteúdo, só assim estaremos preparados para os desafios da realidade, como fica demonstrado pelo currículo das pessoas que mais admiramos: quase sempre ex-alunos das instituições mais tradicionais, aquelas que não se rendem às aparências.
(BRAVO, Ulisses de S. Entrevista citada em CURI, Martim da Veiga. “O dilema da escola contemporânea: perder ou perder.” In: Correrio Brasiliense, 02/05/03)


(ANGELI. In: http://acertodecontas.blog.br/)

Dizer que a escola é central na formação de um indivíduo é quase um lugar-comum. Apesar dessa unanimidade, não se pode dizer que a educação tem sido um processo livre de problemas, carências e críticas. Atualmente, em meio à crise de valores e à necessidade de formar cidadãos que façam a diferença, as escolas se deparam com numerosos episódios de indisciplina, violência e desinteresse, tornando urgente um reflexão sobre seu modelo. Considerando a figura e os textos acima como motivadores, redija um texto dissertativo-argumentativo a respeito do seguinte tema:

Como a escola pode cumprir sua missão social no panorama contemporâneo?

Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista e suas propostas, sem ferir os direitos humanos.

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